domingo, 10 de junho de 2012

Obs. Hoje o post será bem reflexivo, mas como eu percebi que praticamente ninguém entra mais aqui para acompanhar o meu progresso, escreverei mais para mim do que qualquer outra coisa.
Eu assisto há algum tempo, não com frequência, um programa de TV chamado The Biggest Loser. Não sei se é por procurar incentivo nas medidas dos outros ou até mesmo para tentar achar um pouco de motivação na energia deles, eu não sei, só sei que assisto quando estou desanimada. Ultimamente eu tenho procurado mais do que nunca por programas sobre perda de peso, atrás de um significado para tudo o que eu estou fazendo e tentando me recordar do porque eu comecei tudo isso - todo esse processo demorado e cansativo. Não que eu tenha me esquecido por completo todas as minhas metas e sonhos, pois isso não aconteceu, porém depois de uma vida inteira lutando contra a balança, uma mudança drástica acaba por gerar estranhamentos. Pelo menos no meu caso.
Até o momento, eu eliminei 11kg e algumas gramas. Preciso me lembrar que decidi que emagreceria no dia 1º de março então, fazendo as contas, estou de dieta há basicamente 3 meses. Não digo que eliminei pouco, porque convenhamos, não é qualquer um que emagrece aproximadamente 10kg e ainda tem pique para continuar nesse árduo sistema de mudança de vida... Todavia, as vezes eu me vejo desanimada e abatida. Desanimada porque como eu já fiz dieta algumas vezes, sei que eu consigo emagrecer 5kg por mês, e me culpo até hoje porque maio foi um mês perdido para mim. Se eu tivesse levado a sério e me dedicado 100%, eu provavelmente estaria com uns 16 ou 17 quilos a menos, e a culpa é toda minha por não estar disciplinada por completo. Mas então eu paro e penso: "caramba, eu não me alimentei certo por uns 16 anos de minha vida, e eu não posso mudar tudo o que eu construí em mais de uma década em questão de 3 meses!" e me culpo mais um pouco por ser ansiosa e desesperada. No final do dia, eu coloco a cabeça no travesseiro e tudo o que eu sinto é a culpa me cobrindo como se fosse uma manta. Eu não me lembro mais o que é dormir plenamente.
Engatando novamente no programa, eu sinto a necessidade de dizer que eu pretendo, daqui algum tempo, ser semelhante aos participantes. Eu nunca cheguei a ser obesa mórbida, na verdade, nunca passei do grau sobrepeso, então eu não deveria reclamar tanto quando eu sei que existe muita gente por ai em uma situação mais complicada que a minha, mas eu acho que é do ser humano ser um tanto quanto egoísta e preocupado com a sua causa acima de tudo. Não me entendam mal, eu torço por todas vocês, assim como torço para todas as minhas amigas que também tem problemas com o peso ou a auto-estima... Contudo eu vejo os participantes do programa superando desafios, emagrecendo, ficando saudáveis e acreditando neles mesmos e eu me pergunto se um dia eu conseguirei ser assim... Se um dia eu vou conseguir acreditar no meu potencial.
Eu ainda não sei. Nunca me testei o suficiente por questão de medo. Medo de inovar, medo de sair do meu casulo, medo de passar vergonha ou medo de rirem de mim. Até mesmo entrar em uma academia foi difícil, tanto que procurei uma academia de mulheres, e de mulheres de todos os tamanhos... Tive tanto medo de voltar para a natação por conta do meu porte físico que não deixo de me considerar uma covarde.
Covarde.
Pelo menos uma covarde com 11kg a menos.
Mas, ainda sim, uma covarde.
Eu acho que passei por tanta humilhação e acho que me sujeitei a tanta vergonha que hoje sou muito fraca psicologicamente. Posso ser até forte no meu físico, de tanto esporte que eu pratico, mas enquanto o meu corpo evolui, o meu emocional regride. Então qual é o propósito disso tudo? Eu não estou fazendo isso para me sentir bem? Será que eu nunca vou conseguir me sentir feliz comigo mesma, mesmo se eu alcançar a minha meta? Qual é o meu problema? Eu deveria estar feliz, não deveria?
Emagrecer é o meu maior alvo para o presente.
Tentar ser feliz é a minha finalidade para a vida.

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